"A terra geme com a agonia gerada pelo Aquecimento Global"

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A água que sobrou no nosso planeta e as cifras que não podemos esquecer

A água é o bem mais característico e peculiar do Planeta Terra. Atualmente é considerado por muitos especialistas como sendo um alimento essencial à vida. A água, sem sombra de dúvidas, constitui o recurso mais precioso que a humanidade dispõe.
Quase toda a água do planeta está concentrada nos oceanos. Apenas uma pequena fração (menos de 3%) está em terra e a maior parte desta está sob a forma de gelo e neve ou abaixo da superfície (água subterrânea). Só uma fração muito pequena (cerca de 1%) de toda a água terrestre está diretamente disponível ao homem e aos outros organismos, sob a forma de lagos e rios, ou como umidade presente no solo, na atmosfera e como componente dos mais diversos organismos.

A água no mundo
A quantidade de água doce no mundo está estimada em 34,6 milhões de km3 (ref. 1km3 corresponde a 1 trilhão de litros), porém somente cerca de 30,2% (10,5 milhões de km3 – água doce subterrânea, rios, lagos, pântanos, umidade do solo e vapor na atmosfera) podem ser utilizados para a vida vegetal e animal nas terras emersas. O restante, cerca de 69,8% (24,1 milhões de km3) encontra-se nas calotas polares, geleiras e solos gelados. Dos 10,5 milhões de km3 de água doce, aproximadamente 98,7% (10,34 milhões de km3) correspondem à parcela de água subterrânea, e apenas 0,9% (92,2 mil km3) correspondem ao volume de água doce superficial (rios e lagos) diretamente disponível para o consumo humano. Esse volume é suficiente para atender de 6 a 7 vezes o mínimo anual que cada habitante do Planeta precisa, considerando a população atual de 6,4 bilhões de habitantes.

A água no Brasil
O Brasil detém cerca 12% da reserva hídrica do Planeta, com disponibilidade de 182.633 m3/s, além de possuir os maiores recursos mundiais, tanto superficiais (Bacias hidrográficas do Amazonas e Paraná) quanto subterrâneos (Bacias Sedimentares do Paraná, Piauí, Maranhão). Todo esse potencial tem o reforço de chuvas abundantes em mais de 90% do território, aliadas a formações geológicas que favoreceram a gênese de imensas reservas subterrâneas, como também possibilitaram a instalação de extensas redes de drenagem, gerando cursos d’água de grandes expressões.
Caro Leitor, de toda água que temos apenas 1% pode ser utilizada para o consumo humano. Nunca é demais enfatizar que a água é imprescindível para sobrevivência da vida. Diante da importância desse recurso natural para todas as espécies, chegou, efetivamente, a hora de revermos nossos conceitos com relação a utilização racional da água. Vamos, enfim, juntos dar as mãos para manejarmos adequadamente as nossas fontes de água doce.

Fontes pesquisadas:
BORGHETTI, N. R. B.; BORGHETTI, J. R.; ROSA FILHO, E. F da. Aquífero Guarani: A verdadeira integração dos países do Mercosul. Curitiba, 2004. 214p.
REBOUÇAS, A. C. Água no Brasil: abundância, desperdício e escassez. BAHIA ANÁLISE & DADOS, Salvador, v. 13, n. ESPECIAL, p. 341-345, 2003. 

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Mato Grosso está comprometido com redução do desmatamento

O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon),  divulgou no último  domingo (27 de junho), que o Mato Grosso reduziu em 24,0% a área considerada como de possíveis desmatamentos do tipo corte raso, no período de agosto de 2009 a maio de 2010, em comparação com agosto de 2008 a maio de 2009.
Em contrapartida, os últimos números divulgados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (DETER), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), revelaram que houve uma redução de 52,1% da área considerada como de possíveis desmatamentos do tipo corte raso e do tipo degradação progressiva, no período de agosto de 2009 a abril de 2010 em comparação com agosto de 2008 a abril de 2009.
Segundo as informações obtidas pelo satélite NOAA 15, Instrumento de referência para focos de calor do INPE,  o Mato Grosso reduziu 61,2% desses focos no período de agosto de 2009 a maio de 2010, em comparação com agosto de 2008 a maio de 2009.
Os dados registrados pelo INPE apontam que o Mato Grosso está com uma área de cobertura de nuvens muito menor do que o restante da Amazônia Legal. Este é mais um indicativo que tanto os números do DETER quanto os do SAD refletem muito bem o comportamento do desmatamento naquele Estado. Nos outros Estados, onde o desmatamento também é acentuado,  os números infelizmente  só começam efetivamente a aparecer a partir de maio e junho, quando a cobertura de nuvens começa a diminuir.
Apesar das pequenas divergências apresentada nesta matéria, por parte dos órgãos encarregados de registrar os dados referentes ao desmatamento na Amazônia Legal, os números aqui revelados apontam que vários segmentos da sociedade civil brasileira estão conscientes dos males que o desmatamento praticado de modo irresponsável pode causar ao planeta. Todavia, Prezado Leitor, para que haja reversão desse quadro é imprescindível  que os governos dos Estados atingidos, intensifiquem as ações referentes a educação ambiental, monitoramento, fiscalização e responsabilização.