"A terra geme com a agonia gerada pelo Aquecimento Global"

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Amazônia e a sua Biodiversidade

O termo biodiversidade ou diversidade biológica, julgo bom lembrar Caro Leitor, descreve a riqueza e a variedade do mundo natural. Para entender perfeitamente o que é biodiversidade, é preciso  considerar o termo em dois níveis diferentes: todas as formas de vida, assim como os genes contidos em cada indivíduo, e as inter-relações, ou ecossistemas, na qual a existência de uma espécie afeta diretamente muitas outras.
A diversidade biológica está presente em todo lugar: no meio dos desertos, nas tundras congeladas ou nas fontes de água sulfurosas. A diversidade genética possibilitou a adaptação da vida nos mais diversos pontos do planeta. As plantas, por exemplo, estão na base dos ecossistemas. Como elas florescem com mais intensidade nas áreas úmidas e quentes, a maior diversidade é detectada nos trópicos, como é o caso da Amazônia e sua excepcional vegetação.
Ainda não se sabe quantas espécies vegetais e animais existem no mundo. As estimativas variam entre 10 e 50 milhões, mas até agora os cientistas classificaram e deram nome a somente 1,5 milhão de espécies. Entre os especialistas, o Brasil é considerado o país da "megadiversidade". Aproximadamente 20% das espécies conhecidas no mundo estão presentes nos nossos ecossistemas.
Infelizmente a poluição aliada ao uso excessivo dos recursos naturais, a expansão da fronteira agrícola e a expansão urbana e industrial está levando muitas espécies vegetais e animais à extinção. A cada ano, aproximadamente 17 milhões de hectares de floresta tropical são desmatados. As estimativas sugerem que, se isso continuar, entre 5% e 10% das espécies que habitam as florestas tropicais poderão ser extinta dentro dos próximos 30 anos. 
            O que ainda nos conforta, Prezado Leitor, é que a biodiversidade amazônica reserva muitos segredos. Essa “caixa de segredos” surpreenderá, com certeza, a humanidade ao longo das próximas décadas. As florestas da região concentram 60% de todas as formas de vida do planeta, mas calcula-se que somente 30% de todas elas são conhecidas pela ciência. 

sábado, 4 de setembro de 2010

Buraco na camada de ozônio situada sobre o Rio Grande do Sul tem ficado cada vez maior

Estudo realizado por pesquisadores da Argentina, Brasil, Chile e Holanda que será entregue à revista “Geophysical Research Letters” comprovou que um buraco na camada de ozônio, situado sobre o estado do Rio Grande do Sul, tem ficado cada vez maior, desprotegendo por completo a região, que está vulnerável à incidência de raios ultravioleta.
De acordo com esses pesquisadores, em 2009 o limite da camada de ozônio atingiu a Argentina e o Chile, mas células de ar pobres em ozônio desprenderam-se atingindo a região da cidade de Santa Maria, localizada a 286 km de Porto Alegre.
O estudo explica que a radiação ultravioleta não tem conexão direta com o fenômeno do aquecimento global, todavia, a incidência desses raios em uma área poluída pode provocar reações químicas que acarretem a elevação de temperaturas.
A formação desse fenômeno tem despertado a curiosidade dos cientistas de todo mundo. De qualquer forma, é oportuno lembrar, Caro Leitor, que o referido buraco, tradicionalmente, ocorre sobre a Antártica no mês de setembro.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Estudo divulgado pelo IBGE aponta aumento significativo no desmatamento na Amazônia

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quara-feira (1/09) os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) do Brasil no ano de 2010.  Segundo a publicação, o desmatamento total da floresta amazônica já atingiu 14,6%.  "A área total desflorestada da Amazônia, que até 1991 era de 8,4% (426.400 km²), chegou a 14,6% (739.928 km²) em 2009".
A situação mais crítica é do bioma Mata Atlântica, com 133 km2 de área remanescente, menos de 10% da área original.  O cerrado também sofre com desmatamento, e perdeu praticamente a metade de sua cobertura florestal.
Ficou caracterizado nos dados divulgados pelo IBGE que o desmatamento e queimadas contribuíram com 57% das emissões brasileiras de gases de efeito estufa.  No período de 2000 a 2005, o Brasil emitiu um total de 2,2 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera.
Felizmente, Caro Leitor, nem tudo está perdido. Os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável também mostra  avanços na área ambiental. O Brasil destina hoje 750 mil km2 a Unidades de Conservação (UC) federal, o que representa 9% do território brasileiro.  Entre os biomas brasileiros, a Amazônia é a mais protegida, já que áreas protegidas representam 17% da região.