"A terra geme com a agonia gerada pelo Aquecimento Global"

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A fome assolará o mundo nos próximos 10 anos

Se nada for feito para conter o aquecimento global, com certeza muita gente passará fome em todos os recantos do mundo. Basta lembrar que a Índia, país com mais de 1,2 bilhões de pessoas, segundo maior produtor de arroz e trigo, pode perder até 30% de sua capacidade agrícola já em 2020. Essa situação diminuirá a oferta de comida, em função do aumento significativo do déficit entre a produção e a demanda por alimentos.
O estudo "The Food Gap: The Impacts of Climate Change on Food Production: A 2020 Perspective” (A Falta de Alimento – Os Impactos das Mudanças Climáticas na Produção de Alimentos: The Food Gap), afirma que em um planeta mais quente, países que atualmente são grandes produtores de alimentos sofrerão com a redução na produção agrícola. Por outro lado, regiões que atualmente sofrem com invernos rigorosos serão mais férteis, criando novas fronteiras agrícolas. Se considerarmos o aumento gradativo da população mundial para o período considerado, 20% da população passará fome.
Esse estudo prevê ainda que até 2020, a produção de trigo terá um déficit de 14% entre a oferta e a demanda, o arroz 11% e o milho 9%. Apenas a soja terá um resultado positivo, com uma oferta 5% maior que a demanda.
Entre os continentes, a África será o mais prejudicado. As secas prolongadas serão responsáveis pelas misérias geradas pela fome. Há perspectiva que nas próximas décadas mais de 70% da terra arável desse continente esteja perdida e as plantações de milho, importantíssimas para a região, possa desaparecer completamente.
A Itália, Espanha e França possivelmente terão que buscar alternativas para produzirem os produtos que cultivam há séculos. Infelizmente, no universo das culturas ameaçadas estão a Uva e a Oliveira. Todavia, nem tudo está pedido. O Estudo também reconhece que algumas regiões serão favorecidas com o aquecimento global, como o norte dos Estados Unidos, Canadá, China e a Etiópia. Mesmo assim, o aumento da produção agrícola nesses locais não suprirá a demanda por alimentos.
Segundo o referido  estudo,  o aumento populacional deverá elevar a população mundial para 7,8 bilhões de pessoas em 2020.  O número de famintos deverá saltar dos atuais 14% da população para 20%, assim, uma em cada cinco pessoas passará fome.
É importante registrar, Prezado Leitor, que a Fundação Ecológica Universal (FEU), uma organização sem fins lucrativos criada em 1990 na Argentina e que conta com o apoio técnico do cientista climático Osvaldo Canziani, vencedor do Prêmio Nobel de 2007, afirma que o déficit agrícola apresentado pelos grandes produtores de grãos, será responsável pelo aumento de 20% no preço dos alimentos. Essa Fundação afirma categoricamente que isso pode resultar em novas crises econômicas e conflitos entre os países.